sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Saiba mais sobre a DOENÇA CELÍACA

Por Guilherme Mazui

A doença celíaca é a alergia ao glúten, proteína presente no trigo, aveia, cevada e centeio. Ao ter contado com o glúten, o intestino do celíaco reage, provocando lesões no órgão. Ao longo dos anos, essas lesões diminuem as paredes do intestino, prejudicando a absorção de nutrientes. Entre os sintomas, diarréia crônica, distensão abdominal e desnutrição são os mais comuns. Dores abdominais, vômitos, constipação intestinal (prisão de ventre), irritabilidade, anorexia, baixa estatura são outros sintomas corriqueiros. O não tratamento pode acarretar em outras doenças, como diabetes mellitus, hipotireoidismo, doenças auto-imunes, anemia ferropriva, intolerância à lactose, deficiência da imunoglobulina A e dermatite herpetiforme, além do câncer.


Os especialistas estimam que cerca de 10% da população mundial seja portadora da doença celíaca, que não têm cura. Portanto, em uma cidade como Santa Cruz do Sul, com 110 mil habitantes, 11 mil teriam a patologia. Um número considerado expressivo pelo gastroenterologoista Roberto Reckziegel. "Atendo em Lajeado, uma cidade com 60 mil habitantes. Nessa conta, 6 mil seriam celíacos. Tenho 30 pacientes diagnosticados. Onde está o restante? Essa doença é mais comum do que imaginamos", alerta. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como anticorpo antigliadina, anticorpo anti-endomísio e anti-transglutaminase, mas somente a biópsia do intestino delgado confirma ou não a patologia.




O tratamento é básico: o glúten precisa ser eliminado da dieta. Ou seja, pizza, pão, cerveja, lasanha, massa estão banidos do cardápio do celíacos.

Aparentemente simples, o tratamento encontra barreiras nos gostos dos pacientes e nos compromissos sociais. "A pessoa pode odiar batata ou não gostar de arroz. O que comer então? Por isso que o nutricionista é tão importante quanto o médico no tratamento", alerta Reckziegel. Em uma festa, o celíaco não pode comer os salgadinhos ou precisa assistir aos colegas bebendo cerveja. Seguindo o tratamento, ao longo dos anos o portador pode minimizar os sintomas, mas se voltar a ingerir o glúten, reiniciará o ciclo da doença, que é mais comum nas mulheres. A patologia é hereditária. Quando se descobre um doente na família, é indicado que os parentes mais próximos se submetam aos exames.


Fonte: http://www.acelbra-rs.com.br/, site da Associação dos Celíacos do Brasil

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